quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Jean Whyllys quer mudar questão de gênero,número e grau na...Gramática!



O Deputado Jean Whyllys (PSOL) entrou com um Projeto de Lei na Câmara propondo mudar as questões de gênero nos livros de Gramática Normativa.

Diante de tal absurdo, o Deputado argumentou:

"Tenho conhecimento de causa! Sou jornalista com mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), fui professor de Cultura Brasileira e de Teoria da Comunicação na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) na Universidade Veiga de Almeida- ambas no Rio de Janeiro, além de ser escritor. Tornei-me conhecido nacionalmente após ganhar a edição do reality show Big Brother Brasil, da Rede Globo, em 2005, o que viabilizou que as pessoas vissem a minha luta pela questão de gênero, que me elegeram representante desse tema. Digo: a chamada 'Gramática Normativa' já induz ao conceito de normatividade! O que é normal? O que a sociedade machista-opressora (hetero)normativa impôe?"

Segundo o Deputado, o próprio ENEM já vem 'derrubando esse paradigma da Linguagem Padrão, propondo questões que subvertem essa norma, viabilizando o trato da língua, sob o viés  socio-lingüístico, pela coloquialidade, a fala do povo, da nossa gente. Temos que avaliar pelo que somos, não pelo que nos impôem'.

Whyllys conceituou a sua tese:

"Ao falarmos em “gênero” do substantivo é importante sabermos que se trata do masculino e feminino ligado a seres, como pessoas, objetos, animais e entidades. Exatamente, as entidades, um orixá, num cavalo, amigo meu, Marcos Bagno, quem me passou o espírito da coisa. Um absurdo! A Gramática chamada Normativa é opressora e heteronormativa!" Por exemplo, nos tais substantivos biformes, em o menino – a menina, percebemos que houve uma mudança no artigo (o, a) para designarmos o macho e a fêmea. Não existe essa coisa de 'macho e fêmea'! Por que não simplificados para 'meninix'?"

E prosseguiu:

Mas há algumas particularidades em que o substantivo só tem um gênero, permitindo, portanto, atribuirmos somente a palavra macho e fêmea para designá-lo. São os chamados substantivos epicenos. Isso é obsceno! Como podemos verificar nos seguintes casos ' cobra macho e cobra fêmea', disso eu entendo, pois, cobra é cobra, já vi várias e não percebi, exceto o tamanho, a diferença!"

O Mestre em Língua, reiterou:

"O que mais me irrita é um outro tipo de substantivo que possui apenas uma forma, tanto para o gênero feminino quanto para o masculino, o 'comum de dois gêneros', que para distingui-lo usamos os opressores artigos, adjetivos ou pronomes, tais: 'o estudante – a estudante
O jornalista – a jornalista'! E xs Estudantes e jornalistas transexuais? E isso, óbvio, é para, deliberadamente, distinguir e separar, de maneira que se mantenha o prestígio e a mantenedora ideia de que o macho-opressor é melhor e seja beneficiado!"

Mesmo, conforme nossa acusação, de que o Deputado tenha caído em contradição, ao ter que usar os gêneros do substantivo, para explanar a sua tese, o mesmo não desistiu e continuou a tagarelar:

"EU sou autoridade no assunto! Calem a boca! Enfim...não podemos nos esquecer daquele substantivo que não permite nem o uso do artigo para diferenciarmos o masculino do feminino, ou seja, temos que atribuir a mesma palavra para os dois casos, os 'sobrecomuns'. Como por exemplo, a palavra “pessoa”, como em 'Bolsonaro é uma pessoa odiável!' Por isso, proponho que se use 'pessoa' no lugar do substantivo próprio, pois, todos somos pessoas, mais alguns são menos pessoas do que os outros, e essa frase seria 'Pessoa é uma pessoa!', o que , até -ASCOM - evitaria que eu dissesse o nome dessa tal pessoa."

Nosso repórter , confuso com tanta teoria complexa (de Édipa) perguntou ao deputado, o porquê de ele, quando perguntado sobre sua vida amorosa, sempre responderá "estou com uma pessoa", e não especificar se é homem ou mulher, ao que respondeu:

" Para não dar nome aos bois, pois sou gramaticalmente polígamo!"

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