Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência. Ou verossimilhança.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Menores infratores entrarão em universidades sem prestar vestibular
Segundo a reportagem da Veja, as fugas de menores infratores aumentaram. Nossa redação crê essas vítimas da sociedade não perdem oportunidades..
Brasília / DF
Sob o lema Pátria Educadora, do Governo Federal, o MEC em parceria com a Secretaria dos Direitos Humanos criará cotas para que menores infratores entrem em universidades sem prestar vestibular ou ENEM.
Com o slogan "Vítimas da sociedade: crime da escola para a escola do crime, portas abertas para a Universidade", o MEC em parceria com a Secretaria dos Direitos Humanos desenvolveu um projeto de cotas que viabilize o acesso de menores infratores nas Universidades Federais, sob rígidos critérios, tal como explicou, em nota, a equipe que o desenvolveu:
" Sabemos que o Governo Federal não mede esforços para que a nossa prioridade, a Pátria Educadora, seja contemplada. Em razão disso, nós, do Ministério da Educação e Cultura, em parceria com a Secretária dos Direitos Humanos, desenvolvemos, minuciosamente, o referido projeto, que busca aliar a ressocialização de menores infratores,oriundos de institutos de correção ao ingresso em universidades federais. Sabemos, óbvio, que essas crianças cometeram esses crimes, vítimas dessa cruel sociedade opressora, por falta de oportunidades e escolhas."
E deram alguns detalhes do projeto, que se iniciará no segundo semestre de 2016:
"Não será necessário essas vítimas da sociedade sejam submetidas à provas como ENEM ou vestibular. Sequer que tenham terminado os estudos. Concluirão, concomitante aos estudos do curso universitário, seus estudos, em progressão automática, sob os critérios do grande Educador, nosso Patrono da Educação, o Mestre Paulo Freire. Usando o método construtivista-inclusivista, bastará que sejam oriundos das instituições corretivas, para que obtenham o ingresso nas Universidades, sendo submetidos à avaliações que coadunem com as inatas aptidões dessas vítimas da sociedade".
E prosseguiu:
"O benefício da cota, que viabilizará o ingresso na Universidade , com o objetivo, exclusivo de incluir ressocializando e dando-lhes esta grande oportunidade ao universo acadêmico seguirá rígidos critérios. Será, no caso, a proporção da obtenção do benefício, proporcional ao delito cometido pela vítima da sociedade. Por exemplo: se uma vítima da sociedade está encarcerada nessas escolas do crime porque infringiu a Lei esvaziando o pneu de um carro, terá 10% de cota, porém, o mais eficaz e importante: se a vítima da sociedade foi encarcerado nessas escolas do crime porque cometeu estupro seguido de morte, ou latrocínio, ou sequestro, terá 100% de cota, pois, este, necessitará, óbvio, de mais ressocialização. E haverá um rigoroso e arguto teste vocacional. Se a vítima da sociedade foi endolador e distribuidor de drogas, fará faculdade de Logística. Se a vítima da sociedade
foi encarcerado nessas escolas do crime por, no seu currículo, ter sido o que decidia quem iria viver ou morrer, na favela, fará Direito, que sabe não se tornará um Juiz? Se era chefe da boca, fará de Administração. Se a menina se prostituía, fará Psicologia com garantia de latu sensu em Sexologia, sob orientação da especialista Marta Suplici. Se, no caso, a vítima da sociedade agrediu alguém dessa sociedade agressora, até a morte, considerando seu vigor físico e aptidão para a luta corporal, direcionaremos para que faça Educação Física, podendo tornar-se um grande atleta ou professor de artes marciais. Se arrancava dentes ao torturar, Odontologia. Se esquartejava, lógico, Medicina. Assim, de um modo progressista, progressivamente. Um lindo, inclusivo, moderno e ressocializador projeto da nossa Pátria Educadora! A nossa Presidenta Dilma Rousseff, ao ter conhecimento do projeto, verteu lágrimas de emoção, o que nos deixou muito envaidecidos, mas focados em por em prática o projeto, ainda, nesse segundo semestre de 2016!"
Nossa redação foi em um dessas intituições corretivas e, durante uma das rotineiras fugas, após termos sidos assaltados, espancados e estuprados, conseguimos, sob a condição de um vultuoso pagamento para que não sequestrassem os familiares de nossos repórteres, obter o depoimento de duas vítimas da sociedade, acerca do projeto, após termos, sob a mira de revólveres, explicado do que se tratava:
"Uma das vítimas da sociedade, X, 16 anos, 'matador sangue nozóio' , afirmou, ao saber que teria que botar a cara nos livros:
"Aê...botá a cara? Bora a cara que vai tomar rajada Us verme! E esse pá de progressão automática é sussa! De automática, eu sou o king nas dominação de HK nervosa, AR-15 racha o peito, dedão liso. É nóis?"
Já Y, ou 'muleke piranha', como fez questão de ser chamado, por, segundo ele, ser conhecido como o cara que é de 'estrupá ais novinha patricinha cheradôra do asfalto', explicou o motivo de já escolher o Bacharelado em Letras, Português-Alemão:
"Pô, mando a letra...essi lanci di bacharelado, é nóis! É bacharél qui diz? Já sô, intão bacharel nas baixaria! E queru fazê essa merda, aí, pá di de conhecê us alemão! Batê di frente é neurose! Cap monstrão, rajada nêis! Pruquê, como diz a canção boladona: 'nóis com alemão vamu si diverti! Parrrátáti-bum!"
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