Presidenta não está está contenta,
mas o ex-presidento Lula ficou muito contento.
Brasília\DF
Diante da absurda reprovação popular da gestão de Dilma Rousseff,
aliada à crise e às investigações que podem levá-la ao impeachment,
o ex-presidente Lula chamou, em caráter de urgência, o marqueteiro João Santana
para cuidar da combalida imagem da Mandatária Maior, Dilma Rousseff.
A urgente medida tomada pelo famoso marqueteiro, considerado
“o homem que elegeu seis presidentes”, foi solicitar Dilma alterasse a
designação “ A Presidenta” para ”A Presidente”, a partir desta semana.
Determidada no dia 3 de abril de 2012, Dilma sancionou
a Lei 12.605/12, que obriga-se a usar o termo “Presidenta” para designá-la, que
apesar de não mostrar claramente para que veio, determinou o emprego
obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.
Segundo João Santana:
“ No caráter de
reabilitar a popularidade de Dilma, percebemos que faz-se necessária essa
alteração, já que em “A Presidenta” havia conotação dupla, pois o vocábulo
serviria tanto à valorização, como
pensávamos ao sancionar a Lei, no sentido de ‘forte’ e ‘feminina’, porém,
chegamos à conclusão de que acabou servindo ao sentido caricato, como ‘mandona’, ‘gerentona’
e ‘implacável’. E o placar, neste momento, não está a nosso favor”
Em coletiva, nesta manhã, Dilma explicou:
“Não pegou bem essa coisa...essa coisa de ‘A Presidenta’.
As pessoas começaram, em deboche a usar ‘gerenta’, ‘pacienta’ e ‘clienta’.
Isso é errado. Acabou armazenando um um
ar pejorativo. Por isso "chefa" nunca pegou. Usar " A Presidente"
não é desmerecer a mulher, é usar forma comum de dois gêneros. E gênero é uma coisa que está aí, na boca do povo. 'Presidenta' pode valorizar a mulher, mas também pode transferir uma certa visão de ‘mulher durona na queda’, ‘mulher com colhões’, tipo Kate Marrone, "a mulher sapiens" tipo a 'da mandioca'. Sabe?”.
João Santana tomou-lhe o microfone e terminou a coletiva:
“Associar à Dilma qualidades
consideradas femininas como sensibilidade,
instinto maternal, ternura acolhedora etc., foi indevido . Já qualidades
masculinas as incorporadas, no inconsciente coletivo, por esforço e inteligência, é o que
precisamos, neste difícil momento.. Tal "divisão sexual" de
qualidades foi, percebemos, artificial. Aplicada a Dilma Rousseff, serviu a
preconceitos eleitorais que, agora, o uso de "presidente" em vez de ‘presidenta’
pode ou não reforçar e se não der certo, sancionaremos uma Lei que determine
chamá-la de ‘A Presidento’, se necessário!”.
Na sua Gramática, Cunha registra que "presidenta" pertence às
palavras "andróginas, hermafroditas ou bissexuadas", como
"pianista", "jovem", "colega", comuns de dois
gêneros. Terminadas em -nte (amante, constante, docente, poluente, ouvinte...),
não usam o / a para indicar gênero. O fator linguístico a limitar essa
"androginia", tornando a palavra só masculina ou feminina, é o artigo
( o amante, a amante); o substantivo ( líquido ou água poluente); o pronome a
ela ligado ( nosso ou nossa contribuinte). Ao oficializar
"presidenta", segundo Cunha, arrisca-se a "despender
energia", criando "amanta", "constanta",
"docenta", "poluenta", "ouvinta", “jumenta”...
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