A ‘Vênus Platinada’ passa
por uma grande crise. A Rede Globo
e as 5 emissoras de propriedade do Grupo Globo (em São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Brasília e Recife), está sob suspeita de receber um total de R$
6,2 bilhões em publicidade estatal federal durante os 12 anos dos governos Lula
(2003 a 2010) e Dilma (2011 a 2014).
Após a baixíssima audiência
da novela Babilônia e sob a iminência dessa investigação, a Rede Globo parte para
o ataque e investe pesadamente no seu produto mais retável: a ‘novela das oito’
[sic].
Após reunião com os altos
executivos da emissora, o núcleo de folhetins da emissora propõe uma
reviravolta, com uma novela que pretende fazer com que a emissora dê a volta
por cima.
Chamado às pressas pela
Direção, o maior novelista da emissora, Manoel Carlos, ficou incumbido de criar
‘uma novela que prenda todos os brasileiros de frente à telinha!”
Manoel Carlos, ousado e
inovador, propôs como título para a próxima novela do horário nobre: "O
povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!".
Como é de conhecimento
popular que sobre a maior emissora do país sempre correu denúncias, manipulação
do povo, monopólio da mídia, teorias de
conspiração e conluio com o poder, desde
a acusação ao ‘apoio ao Golpe Militar’, ao atual ‘compadrio com o Partido dos
Trabalhadores’ e de ‘golpista’ por ambos os lados, Manoel Carlos disse:
“Qualquer que fosse o
partido ou ideologia no poder, o lema "O povo não é bobo, abaixo a Rede
Globo", antes usado pela esquerda por décadas, e agora usado nas ruas
pelos oposicionistas do PT, com sussessivas ameaças de boicote à emissora,
sempre fora usado nas ruas, em protestos, ou do tal do ‘ Um dia sem Globo’.
Em coletiva, sobre a novela,
Manoel Carlos afirmou:
Uma jogada de marketing. A
palavra de ordem ‘O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo’ tornou-se título da
novela, em razão, exclusivamente, de, com isso, angariar o máximo de audiência,
quer o expectador seja a favor do atual governo ou oposicionista.”
Sobre a novela, Manoel
Carlos, que já rascunhou o esboço da trama, deu alguns detalhes:
“Não posso dizer muito. Vai
ser o projeto mais ousado da Emissora. Só posso dizer que é uma novela ‘ultra-realista’.
Num país fictício chamado Leblon. Os atores interpretarão a si mesmos, seus
comportamentos ideológicos diante da realidade contemporânea. Já escolhi os
atores. Os vilões serão: o latifundiário Fabio Jr.( Heleno) que é pai de
Piovanni, a transsexual conservadora e a favor da intervenção militar ( Heleno II)
e Bruno Gagliasso ( Heleno III) que farão de tudo para atrapalhar a vida dos
protagonistas, os mocinhos, membros do MTST , interpretados por Sérgio Mamberti (Heleno IV), Zé de Abreu
(Heleno V) e Paulo Betti (Heleno VI) e a Mega-vilã, a Rede Globo ( Helena), que vai receber muitos tapas na cara”
Prosseguiu:
"Vai agradar a todos os
públicos. Tanto equerdistas, quanto oposicionistas, já que trata de um tema que
lhes é caro. Como esses atores são formadores de opinião, bradarão o lema ‘O
povo não é bobo, abaixo a Rede Globo’ durante toda a novela, cada qual com seu
motivo. Isso esvaziará esse velho discurso de quem sempre ameaçou boicotar nossa
emissora"
E, concluiu, com um sorriso nos lábios:
"O povo, oposição ou situação, bradou
esse lema "O povo nao é bobo,
abaixo a Rede Globo" e, ambos, em décadas, esquerda ou direita, ameaçaram,
muitas vezes ‘desligar a Globo’. Mas, sabemos, anunciam entre seus pares, mas
nunca deixaram de ver a novela do horário nobre. Acima das ideologias, sempre
houve o fascínio pela novela das oito. E vamos botar umas pitadas de futebol e
carnaval. As paixões brasileiras. O povo, qual radical político que seja, óbvio, bobo, vai adorar. Audiência
vai ser estratosférica! E o povo vai esquecer essa polarização ideológica e
colar na telinha, e rir de si mesmos com o arremate final, com a vitória dos
mocinhos e os vilões marchando, juntos, nas ruas com a faixa... "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!"
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