[ 'foto-denúncia' feita por um dos alunos e distribuída pelo whatsapp ]
Da redação
A professora Raimunda Câmara , professora de Língua Portuguesa na UERJ é agredida pelos alunos de Filosofia e Ciências sociais, após escrever no quadro a frase "Olavo tem razão".
Em depoimento à nossa redação, a afirmou "Foi um mal entendido, apesar de eu não ter entendido o motivo"
E prosseguiu: "Leciono Linguística Aplicada à Língua Materna em vários cursos de várias universidades e, quando comecei a trabalhar com essa turma, detectei uma severa defasagem de conhecimento e uso da Língua pelos alunos. Coisas básicas. Uma grande dificuldade dos alunos em colocarem seus pensamentos no papel. Eu diria, quase analfabetos funcionais. Logo na primeira aula, após ler as medíocres redações, escrevi no quadro 'A uva foi vista pelo vovô ' e perguntei para a classe se conheciam o sujeito à direita. Começaram a me ofender, chamando-me de 'faxixta anti-freixoooo!' , 'elite golpixta'. Um dos alunos gritou 'Barangaaaaaa reaçaaaa...vi uma celulite na tua bunda ridículaaa! Ah lokaaa...conhecemos esse tipo de sujeito.'
Mas, segundo depoimento do aluno que registrou a foto da professora, a confusão começou, mesmo, quando ela escreveu a frase "Olavo tem razão", no quadro.
O aluno G., disse que imediatamente após escrever a 'provocadora frase, a professora afirmara que iria falar sobre 'termos essenciais da oração', gritei, logo:
- Sua vacaaaaa! Estamos numa Universidade Pública, do Estado, e você vem falar em oração? Sua caucasiana cristã! Feliciano não nos representa! O Estado é laico, sua burra!
E continuou o relato:
-Um dos alunos mais inteligentes da turma, fez uma pergunta que a vaca ficou com cara de babaca, ao gritar "Termos? Quais os termos? Você determina o que é essencial? Você é a favor da Ditadura!"
Confusão criada em classe, a professora nos disse havia ficado pasma e perguntara qual o motivo de tal reação, quando foi chamada, em coro, de ' baranga reacionária'
Raimunda Câmara, nos disse a mesma versão, mas sob outro ponto de vista:
-Vi que os alunos não sabiam analisar um sujeito. Falta de leitura. Eu estava trabalhando análise morfo-sintática. Era a minha primeira aula nessa turma mista de Filosofia e Ciências Sociais, e , como sempre faço, escolhi, aleatoriamente,o nome de um dos alunos no Diário de Classe, o Olavo, e o escrevi para esmiuçar a frase. As ofensas e agressões verbais foram crescendo, mas, não esbocei reação. Juro, pela histeria coletiva, esperei uma verdadeira surra de pau... mas, ainda bem que eram estudantes de Filosofiae Ciências Sociais da UERJ. Sabe como é, né?"
Nossa redação, mesmo após ter ouvido ambas as versões, continuou confusa. Continuamos sem entender o imbróglio, que fez com que a professora fosse expulsa da Universidade por ser considerada 'conservadora'. Houve concordância e discordância, na nossa redação, com essa acusação à coitada da professora que ficou acuada, mas, em uma coisa, todos concordamos. Se ela, realmente, for 'conservadora'... qual o mal nisso?
Tá conservada PRA BURRO!
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