Da redação
A extinção das tradicionais claques (ou 'saco de risadas' ou
'aquela multidão de risadas após a piadas'), após a reformulação do novo e
modernoso Zorra Total deixou centenas de 'figurantes de gargalhadas forçadas'
perambulando a esmo pelo Projac.
Decepcionados por não terem sido aceitos em
outros programas que fazem uso desse recurso há
décadas, como A Praça é Nossa (SBT
também alegou corte de verbas e de claques), os gargalhadores
profissionais, num ato de desespero, desempregados, invadiram, em bando, estúdios
de outros programas da Rede Globo.
Começaram com o Telecurso 2000, que após a
teleaula de Química, explodiram em gargalhadas. Dali, foram para o Globo Rural
e fecharam a matéria sobre gripe aviária em gargalhadas mil.
Situação mais
grave, já à noite, perambulando aos prantos procurando locais para oferecer
seus serviços, ocorreu, quando a centena de gargalhadores invadiu o estúdio do
Profissão Repórter e começou
gargalhalhaço, após uma matéria de grande carga dramática sobre a
tragédia do violência no Brasil, que fez com que Caco Barcelos chamasse a
segurança e os expulsasse-os da sede da emissora.
Há relatos de que pessoas
estão andando em grupos e gargalhando às madrugadas nas escuras esquinas da
cidade, gargalhando por moedas.
Classificados de jornais já têm anúncios do tipo: 'Você,
aposentado, taxista, o engraçado do churrasco da família: contrate um gargalhador profissional.
Garantia de choro de risos da sua piada sem graça, ou seu dinheiro de
volta".
Abordado pela nossa Redação, em plena Praça Tiradentes, de madrugada, no Centro do Rio de Janeiro, um dos gargalhadores arreganhava melancolicamente os já cariados dentes, interrompia a sombria e cansada gargalhada e cantava, em
lágrimas a velha canção: "Tristeza não tem fim... felicidade, sim".
Dona Gessilda da Silva, 68, fã do antiga Zorra Total, revoltada com a mudança no programa postou no
twitter:
'Com o fim das gargalhadas no Zorra Total, agora, como vou saber o que é
engraçado e o que não é???'
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