domingo, 27 de março de 2016

Judiação! Malhar Judas-Lula foi judiar com o Judas,diz teólogo


Como de costume, este ano, bonecos representando políticos brasileiros foram alvos preferenciais na malhação do Judas, evento tradicional do feriado de Páscoa que aconteceu neste sábado de Aleluia (26) em diversas cidades do Brasil. 


Malhação de Judas ou Queima de Judas é uma tradição vigente em diversas comunidades católicas e ortodoxas que foi introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses. É também realizada em diversos outros países, sempre no Sábado de Aleluia, simbolizando a morte de Judas Iscariotes.
Consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal, pelas ruas de um bairro e atear fogo a ele, normalmente ao meio-dia dos sábados de Aleluia.


Em São Paulo, o grupo de manifestantes contra o governo que está acampado na Avenida Paulista atacou bonecos que representavam a presidente Dilma Rousseff. 



Em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o alvo foi uma figura que representava o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), que em conversa telefônica com Lula falou mal da cidade. 






Mas o que causou grande controvérsia foi o uso da imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como Judas, malhado  por todos os cantos do Brasil.





Não é o que pode parecer. Não foram partidários e convergentes com Lula que se revoltaram. Foram, exatamente os mais contraditórios ao ex-presidente quem discordaram dos atos.



Segundo o Teólogo Frederivc Juss:



 "Malhação de Judas ou Queima de Judas é uma tradição vigente em diversas comunidades católicas e ortodoxas que foi introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses. É também realizada em diversos outros países, sempre no Sábado de Aleluia, simbolizando a morte  e  o julgamento popular contra Judas Iscariotes, um dos apóstolos que teriam acompanhado Jesus Cristo. Judas teria traído Jesus e o entregue ao Sinédrio, conselho supremo e representação dos judeus perante os romanos, em troca de dinheiro. Por conta desse episódio relatado no Novo Testamento, as populações seguidoras da fé católica adotaram o ritual de na semana da Paixão de Cristo fazer simbolicamente o julgamento, a condenação e a execução de Judas, o traidor. Na tradição popular, antes da “execução” dele, é lido o "testamento" de Judas, que escrito em versos é colocado no bolso do boneco e traz sátiras às pessoas e a fatos locais."



E prosseguiu:




"Porém, biblicamente, é sabido, Judas traiu cumprindo seu propósito. Sim, no imaginário popular,  perfídia, corrupção e traição sempre serão associadas  em quem o povo vê em pessoas  públicas, d'onde farão os tradicionais bonecos de Judas, para expurgo de um ódio reprimido. Mas, no caso do ex-presidente Lula, há um revés! Judas traiu Jesus, sim! Mas, Lula , o mal encarnado, deliberadamente, traiu milhões e milhões de filhos de Jesus. Lula não é Judas! É o Demônio , o Pai da Mentira, encarnado! Isso é uma injustiça com Judas, compará-los. Verdadeira judiação com Judas!"

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