sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Professor de Língua Portuguesa é demitido de escola por ensinar gramática

Da redação - 24\09\2014 

                                        O demitido e canalha professor Mattoso Said Ali Câmara

O professor Mattoso Said Ali Câmara foi demitido da Escola Marcos Banho e Tosa por ter sido flagrado lecionando análise morfo-sintática em sala. A Coordenação da escola pronunciou-se, alegando que a demissão foi sumária, pois “tratava-se de um mau exemplo para a nossa Instituição”. O Diretor Paulo Freira complementou “o referido professor sempre foi um ótimo professor, cumprindo todo o Regimento Interno e a Grade Curricular da nossa Escola, mas, ultimamente, recebemos denúncias de alterações da sua conduta, até que colocamos uma filmadora em sala e flagramos o absurdo ato”. “Ele surtou! Subverteu os pré-requisitos didáticos-pedagógicos da nossa instituição.  Nosso método progressista está de acordo com a educação contamporânea. Ele retrocedeu. Nos afrontou! Um absurdo!”

Marilena Chuá, diretora-adjunta da escola afirmou que  “há registros das filmagens onde o professor , quando um aluno , levantando o celular, perguntou ‘onde nóis pega o wi-fi?’, em tom de autoridade, corrige-o: “Onde nós pegamos o wi-fi! Faça a concordância correta!”  no que, o aluno, óbvio, pela humilhação sofrida, teve que estapeá-lo na cara! Achei merecido, pois o  professor quis nos dasafiar, pois ele próprio sabia que adotáramaos o processo progressista sócio-linguístico,  do livro “Por uma vida melhor”, o sabendo que devemos respeitar o falar, a cultura, o universo do aluno.


Frases como “Peraí! O multiculturalismo está aí!”, “Preconceito lingüístico, não, violão!” “Berimbau e flauta, essa é a pauta!” “Diversão e arte para toda parte!” foram pichadas nos muros da escola por um, indignado, pai de um dos alunos  da escola. A pichação, segundo a Direção, vai ficar. “Pichação é arte! Arte é saber! Saber é poder!”, pichou a escola, logo abaixo das pichações.

Eloísa Ramos , professora da escola,  declarou que “óbvio, todos sabem, numa educação do futuro, progressista, temos a obrigação de alcançar a linguagem dos discentes.  Eu, por exemplo, coloco ‘funk neurótico putaria de facção e tiro porrada e bomba’ e analisamos as letras. Trabalhei letras das canções da Valeska Popozuda, semana passada, e os alunos adoraram. A aula virou um baile funk. Uma diversão só. Educação é isso: trazer o discente para próximo de nós. Alegria, alegria! Gírias, palavrões, desenhos de emoticon em redação, as versões simplificadas dos clássicos da literatura brasileira, a Nova Ortografia do Brasilês, etc. É a realidade dos nossos alunos, caramba!”

Procurado pela nossa reportagem, o professor demitido Mattoso Said Ali Câmara afirmou que não vai recorrer da decisão e admitiu o erro: “ Eu estava sob forte stress. Um aluno havia dado um tapa na minha cara e , em razão do meu extremo nervosismo, cometi um erro! E, por insubordinação, comecei, imediatamente, a lecionar Orações Subordinadas! Tenho vergonha de mim! E enquanto professor da instituição, sabendo  de todo o processo pedagógico da escola, perdi as estribeiras e quis me vingar do aluno, ensinando-lhe Gramática. Foi um erro. Admito!”






Imagem da câmera que flagrou a absurda aula de Gramática